terça-feira, 29 de junho de 2010

o meu brincar;


Resgatar essas lembranças não é uma tarefa tão fácil assim. A memória se confunde com tanta coisa, misturada com tantos momentos que no fim, parecem uma coisa só. Mas não são. Afinal, para mim era o meu mundo todo. Nesse meu mundinho, as brincadeiras tinham épocas, às vezes brincávamos de corda (com aquelas musiquinhas legais) por semanas e semanas, durante todos os dias. Depois não queríamos nem ouvir falar porque agora era a vez do stop e dos joguinhos no papel.
Existiam aquelas que se brincavam a todos os momentos, como pega-pega e esconde- esconde (pique esconde em algumas regiões). E ao bater um papo com a avó, daquela cidadezinha, percebi que elas vêm de muito tempo e que nunca perdem a graça. Disse ela que suas brincadeiras eram todas na rua e que muito se caia, se chorava e se arrebentava : “-Quando um caía alguém sempre gritava: CHEEEEIIIRO!! Era um aviso de que alguém tinha cheirado o chão.” A minha também foi assim, trago comigo algumas marcas de infância viva. Mas aqui no condomínio as crianças não se machucam,os pais estão de olho sempre e prontos para salvá-los de qualquer atentado à sua saúde. Ah, que saco! E as histórias? E o orgulho de contar para os amigos que se arriscou fazendo uma coisa que até ficou com um machucado?
Hoje em dia as brincadeiras infantis mudaram muito em relação ao passado. As crianças de hoje se divertem com computadores e vídeo games, fazendo com que as brincadeiras de antigamente não chamem mais a atenção. A informação hoje em dia é em tempo real, o aprendizado das crianças é mais rápido, não existem barreiras de tempo ou de distancia para que qualquer um saiba o que está acontecendo.
Eu também brinquei de lego, onde os sonhos eram construídos de maneira livre, sem ninguém pra dizer que a casa vai cair se não tiver uma viga aqui. Brinquei de alerta, pé na bola, Barbie, casinha, escolinha (nessa eu sempre era a professora!), queimada, amarelinha, Cobra/cabra – Cega, cirandinha, brincadeiras de roda, estátua, passa - anel, telefone sem fio, bambolê e dançar e dançar!

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